Basicamente, a sua marca pessoal é a maneira com que as pessoas lembram-se de você. A nossa marca pessoal influencia muitos acontecimentos da nossa vida, mesmo fora do trabalho, e por isso cuidar dela é fundamental para quem deseja se desenvolver como indivíduo e profissional.
Chamamos de personal branding a gestão dessa marca, sendo o conjunto de estratégias adotadas para que as pessoas entendam quem você é, o que pode oferecer e qual é o seu propósito.
E vamos já deixar claro: personal branding não é autopromoção. Com um personal branding bem feito, quem promove você são os outros, pois estamos falando de como outras pessoas percebem você.
Neste momento, você está satisfeito com a imagem que chefes, colaboradores, clientes, parceiros e colegas de trabalho têm de você? Essas pessoas te indicariam positivamente a outras? Como está a sua relação com si próprio? Você acha que já atingiu todo o seu potencial como pessoa e profissional? Essas são questões que a marca pessoal está diretamente ligada e que podem ser trabalhadas pelo personal branding.
Um aspecto também importante é que não existe limitação quanto ao cargo ou profissão para quem deseja ter uma marca pessoal forte e positiva. Uma construção inteligente e estratégica da marca pessoal pode apoiar e ajudar a desenvolver qualquer pessoa, carreira ou negócio se você for um empreendedor ou empreendedora.
E algo que nem todos lembram: você já tem uma marca! As pessoas já desenvolveram conceitos sobre você por meio de convivência, experiências profissionais e pessoais, pelas suas opiniões e o que acompanham nas suas redes sociais. Todos nós fazemos isso, de forma consciente e inconsciente.
A questão do personal branding é se você aprova integralmente todas essas impressões ou se não gostaria que fosse diferente em algum aspecto. E, principalmente, essas impressões que você causa, são impactantes positivamente para que você seja lembrado ou indicado quando as pessoas pedem uma referência?
O reconhecimento faz parte do desenvolvimento profissional. Ele faz bem para autoestima, ele gera oportunidades, ele motiva e alimenta a sua vontade de crescer cada vez mais e por isso ele é essencial na sua vida.
Marca pessoal, branding e a internet.
Apesar da nossa marca pessoal existir desde que o mundo é mundo, o personal branding ganhou expressividade com a chegada da internet e das redes sociais, pois as pessoas passaram a se expor de forma muito mais ampla.
E esse é um grande risco e oportunidade ao mesmo tempo. Cada opinião, foto, escolha, atividade, gosto, repulsa ou admiração declarada em suas postagens faz um desenho de quem é você. E esse desenho é uma mistura confusa, porque cada pessoa terá uma percepção diferente de acordo com a própria história.
Ou seja, vou ser clara. Se hoje, por exemplo, você assume um posicionamento político de esquerda ou de direita, terá muitas pessoas que te odeiam e muitas que te amam exatamente pelo mesmo motivo. E qual o risco disso? A pessoa que pode apoiar o seu desenvolvimento profissional está de que lado, contra ou a favor da sua ideologia? O headhunter que está sondando o mercado é inclinado a qual lado? Qual o posicionamento da organização que tem aquela vaga dos seus sonhos? Percebeu? Ser autêntico e assumir quem você é traz consigo a liberdade de se expressar e a desvantagem de ser impossível agradar a todos.
Portanto, uma dica que eu dou, e que de forma alguma é uma regra. Cuide da sua exposição, mesmo nos momentos de lazer, descontração ou de posicionamento. Nós abrimos as portas para as redes sociais em nossas vidas e com isso abrimos mão de uma privacidade que também é importante.
E existem formas de você unir exposição e responsabilidade de imagem. Você pode dedicar a cada rede social assuntos adequados ao seu perfil e segmentar a sua audiência. Você pode escolher, ao postar um assunto polêmico, quem pode ou não ter acesso a esse conteúdo (ou simplesmente deixar para a roda de conversa como era antigamente). Você pode enviar aquela foto engraçada no privado das pessoas envolvidas. Você pode restringir o acesso às suas redes de acordo com a intimidade com cada pessoa. E você pode, e deve, ser responsável por tudo que publica, consciente de que tudo imprime a sua imagem.
Quais as vantagens profissionais de cuidar da marca pessoal?
A resposta é simples, ser lembrado. Ser lembrado positivamente. A marca pessoal vai dar uma identidade que distingue você de outras pessoas e se for bem trabalhada vai agregar confiabilidade, segurança, responsabilidade e capacidade.
Dentro da empresa que você atua deve haver exemplos do que estou falando. Aquela pessoa que é lembrada como referência para opinar sobre algum assunto ou chamada para resolver o problema. Com a saída do líder dessa equipe, quais as chances dessa pessoa ser lembrada como sucessora? São muitas, apesar, é lógico, de existirem infinitas variáveis nesta decisão.
Aqui estamos falando de uma trajetória da marca pessoal de um indivíduo dentro de seu ciclo de contatos, que provavelmente se estabeleceu por sua ética, competência e profissionalismo.
Mas, nem sempre o melhor caminho é o que está à frente. Como recrutadores e outras empresas poderiam enxergar essa pessoa extremamente competente se ela não promover e fazer a gestão da sua marca?
Para se apresentar, ser lembrado e amplificar o seu papel como autoridade em determinado assunto ou área, existem algumas coisas que podem ser feitas:
Conheça a si mesmo profundamente.
Quem eu sou? O que eu ofereço? O que eu faço diferente? Por que alguém me escolheria?
Defina seus objetivos.
Onde eu quero chegar? O que eu desejo ser? O que eu desejo promover? Como eu quero ser lembrado?
Descubra se quem você é reflete a imagem que as pessoas têm de você.
Aqui, como no marketing, entra a pesquisa. Saber onde está é fundamental para traçar qualquer estratégia de onde deseja chegar.
Mantenha a presença nas redes sociais, mas responsavelmente.
Quem não é visto não é lembrado, mas… O que vou dizer pode ser mal interpretado? O que vou dizer me rotula? Essa foto será constrangedora em algum momento? Quem ver isso vai ter a imagem de quem eu sou realmente? Essa é a percepção que eu quero que tenham de mim?
Seja estratégico nas redes sociais.
Cada uma delas tem características diferentes de formato e público e por isso os conteúdos poderão ser muito melhor aproveitados se você souber onde está pisando.
Tenha coerência entre quem você é e o que você expõe.
Passar uma imagem confusa só atrapalha a sua marca. Um personagem inventado não sobrevive a 2 minutos de uma entrevista de recrutamento séria. Defina quem você é, o que deseja e seja coerente com isso nas suas redes sociais, digitais ou não.
Crie uma estratégia social e de conteúdo alinhada com seus valores e propósitos.
Você pode ter privacidade, autenticidade e ter responsabilidade de exposição e ao mesmo tempo criar uma estratégia de conteúdos que ajudarão a mostrar quem você é de forma mais assertiva.
Valorize seu networking.
Nunca deixe de alimentar a sua rede de contatos, mesmo a profissional quando você estiver bem no cargo e empresa atual. Ter conexões é essencial e uma vez perdida, fica mais difícil resgatá-la.
Compartilhe o conhecimento.
Ao dividir o que sabe você constrói autoridade no assunto.
Uma das partes do meu trabalho que mais me dá prazer é apoiar a construção e reconstrução de marcas pessoais. É algo que entendo como um propósito: ajudar pessoas a descobrirem quem são e o quanto longe podem ir.
Não é um trabalho frio, técnico e cheio de regras. É como eu gosto, fluído, pessoal e cheio de trocas em experiências que ajudam a desenvolver cada vez mais o meu próprio ser.
Vamos conversar? Ter uma marca pessoal forte e de valor é essencial e muito mais acessível do que você pensa 😉

Formada em Propaganda e Marketing, em Programação Audiovisual, ampla experiência em cultura organizacional, eventos e marketing. Bem humorada, adora livros e vinhos.